Capítulo V
Sinceramente, a minha paciência estava no limite.
Faz uma semana que estou estudando os assusntos da Faculdade e Magias. Hiram é um bom professor, mas eu não presto atenção ao que ele fala.
Estou um pouco triste com o que vem acontecendo - eu estava sentindo cansaço mental por causa de um grupo de insetos que me atacaram no comércio quando sai de uma loja - não queria, não queria mesmo...
-- Não queria o que? - Hiram perguntou-me sondando minha mente.
Pensei bem antes de responder:
-- Isso! - mostrei o anel que adornava meu polegar.
-- Você ainda está chatiada com seu destino???
-- Destino não, castigo e daqueles bem pesados! - levantei e respirei fundo.
Ele nada me disse. Permaneceu sentado, rabiscando numa folha.
-- Não quero que Claus passe por tudo isso...
-- Mesmo que você não quisese você iria manifestar seus dons...
-- Mesmo sem o anel? - minha dúvida era ridícula.
-- Está no seu sangue Vick...
Hiram parou bruscamente de rabiscar e o lápis quebrou violentamente entre seus dedos.
-- O que houve... - iniciei, mas senti um arrepio.
Disparei pela porta ao sentir um cheiro estranho. O ar estava pesado, sinal de que a noite não seria calma.
-- Conseguiu ver algo? - Hiram perguntou ao meu ouvido.
-- Infelizmente não consegui ver nada! - senti o sangue latejar nas veias.
Comecei a caminhar seguindo o rastro de energias negativas que impregnavam o ar, senti-me como um cão policial farejando pistas.
Crianças brincavam animadamente em frente ao posto de gasolina quando um caminhão veio descendo no sentido Alagoinhas. De início achei normal, mas em segundos a atmosfera ficou "carregada" e percebi que o caminhão estava fora de controle. Uma garotinha não vira ainda o caminhão e seria projetada ao longe por ele.
Por instinto, corri o mais rápido que pude e abracei a menina no meio da pista. O caminhão avançava cada vez mais - eu via tudo lentamente...
-- Feche os olhos, vai ficar tudo bem... - murmurei para a criança.
To be continued
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